domingo, 11 de abril de 2010

Esses avoados Borins



Dário Borim Jr.
dborim@umassd.edu
Batista, Alex, Geraldo, Henrique, DB, Tatau e Delson -- Turma da Eterna Saideira
Hoje não tem papo de Clarice Lispector nem Machado de Assis. Meu irmão, o Tatau, já me falou que gosta mesmo é das minhas crônicas sem muito laralará intelectual. Quem sabe esta sai do jeito que engenheiro gosta. Vou falar de gente que passa apertado de vez em quando simplesmente porque tem o perigoso hábito de fazer uma coisa pensando “profundamente” em outra(s). Não ajuda, é claro, quando o indivíduo passa por uma fase de muito estresse, muito trabalho e reduzidas horas de sono. Eu sou um desses “infelizes”. Aliás, dizem que é um problema de família, os Borins. Não quero julgar e condenar em público a lerdeza dos meus irmãos ou colocar a culpa nos nossos progenitores. Porém, não nego o boato: “alguns desses Borins são muito avoados!”
.
Pra ser mais justo, acho que é sensato dizer que todas as pessoas têm os seus momentos de lerdeza, não é? Às vezes as anedotas não passam de invenções das más línguas. Por isso não sei se é verdade, mas já ouvi falar, por exemplo, algo sobre uma de minhas irmãs (não digo o nome para protegê-la da mentira que pode haver por trás desse “causo”). Ela partiu e chegou ao aeroporto de Confins com dinheiro e documentos, sim, mas tinha deixado em casa a única mala que deveria levar consigo.

É mole? Claro que não. Mas vocês ainda não viram nada. E como essa crônica ainda não apareceu publicada em jornal, vale tudo por aqui, até a interação de leitores e leitoras. Duas delas acabaram fazendo comentários que merecem intromissão intertextual numa narrativa que já está ficando muito pós-moderna para o meu gosto. A questão é que depois de ler a versão inicial deste texto, crônica que gerou 25 comentários publicados online em dois dias, minha irmã Silvinha me mandou um email querendo saber da tal irmã que foi para o aeroporto sem mala:

— Quem será? Ainda bem que não fui eu, porque EU fui a Lavras, de carro, só que esqueci a mala em BH. Ela, a mala, chegou de ônibus. Normal. É só uma questão de logística, como diz o mano Joseph [o vulgo Tatau].

Normal? Isso não é nem o único engenheiro entre nós. Por exemplo, Tatau achava, na época da ditadura militar, que muitas placas que víamos nas estradas indicavam a existência de mais uma companhia estatal, a EM-OBRAS. Uau! Por alguns anos ele se referia à avenida Álvares Cabral, no centro de BH, como se fosse avenida “A Cabral”, questionando quem era essa moça famosa, porque a placa dizia apenas “Av. A. Cabral”. Será que o ponto estava apagado? Fazia diferença para o engenheiro?

Que normalidade é essa da nossa família se anteontem chegou uma mensagem eletrônica da minha afilhada Cristina, filha da avoada que “viajou” sem mala para dar aulas na Universidade Federal de Lavras. E eles em Lavras aceitam professora de BH sem mala? Preparem-se, meus caros, porque isso que diz a Cristina não é ficção mineira não, como suspeitou com humor o distinto crítico literário e poeta Charles Perrone, através de uma recente mensagem publicada no FaceBook. Minha sobrinha não se segura:

— Hihiii, mas temos casos demais para contar! Tem aquela do vovô que foi consultar em Alfenas, mas a consulta era em Varginha. Tem a minha: eu estava aguardando minha hora num consultório de acupuntura quando deveria mesmo ter ido a um consultório de gastroenterologia!

Vejam que a própria sobrinha não escapa da carga genética que atravessa gerações. Houve época em que ela freqüentava assiduamente a casa dos meus pais em Paraguaçu, por isso pode contar mais dois causos que a maioria da família ainda ignora:

— A vovó chamou a polícia por causa de um barulho muito alto de música que chegava no seu quarto de dormir. Na verdade o som vinha do rádio-relógio dela! Essa agora para mim é uma das melhores. O funcionário da loja do vovô, Afonso, teve que ir à casa do vovô às pressas para desligar o micro-ondas, porque programaram a máquina para 4 horas de ação e ninguém na casa sabia como desligar! Eh... Borinzada danada!

Eu digo tudo isso sobre minha família antes de confessar: eu provavelmente sou o pior de todos. Vamos viajar cronologicamente, então, e visualizar este cronista em dois de seus momentos de maior apuro ou embaraço. O primeiro foi lá pelo ano da graça de 1985. Eu ensinava num cursinho de inglês de Belo Horizonte, o MAI, e, infelizmente para aquele jovem de 26 anos, tinha que dar aulas aos sábados de manhã. Certa vez eu saí de casa atrasado, mas, como morava na av. Francisco Salles, podia chegar ao trabalho, usando meu Chevette marrom, numa questão de quatro ou cinco minutos.
.
Nesse tal dia pulei logo da cama quando percebi que tinha perdido a hora. A culpa certamente era da falsa “saideira”, a boêmia e inocente garrafa de cerveja que era logo seguida de outra “saideira” e, depois, muitas outras, consumidas sob o mesmo rótulo de “saideira”. Na Casa do Kibe, a “metragem” de garrafas em linha sobre a mesa crescia quase ad infinitum, até que já era tarde demais para quem tinha que trabalhar cedo no dia seguinte.

Quando, naquela nefasta manhã, eu passava em frente ao Colégio Arnaldo, senti que o motor do carro perdia força rapidamente. De fato, veio a morrer em questão de segundos. O bom é que o sinal estava verde e passei por ele no embalo — podendo, graças a Deus, chegar ao MAI, na av. Brasil, naquele mesmo sopro de cilindros em seca, também de ressaca! Eu tinha me esquecido de pôr gasolina, é claro, e agora o tanque me dava dor de cabeça, pois tinha “desidratado”. O santo foi forte, não é, e me empurrou até meu destino. Só que meu santo se esqueceu de me avisar: bobagem pentear o cabelo ou escovar os dentes se não dava tempo, mas era preciso ter trocado de roupa, uai! Quando eu entrava no prédio foi que me dei conta: ainda estava de pijamas.

Passaram-se 25 anos e o “desligado” sr. Dário Borim Jr teve lá seus outros problemas, mas o espaço aqui é curto. Então, pulemos no escorregador do tempo até a quinta-feira passada. Eu tinha que devolver à Central de Polícia da Universidade de Massachusetts Dartmouth a chave da WUMD, estação de rádio onde faço o Brazilliance, meu programa semanal de música luso-brasileira. O colega radialista David Nader, apresentador do show Mediterranean Café, que vinha logo depois do meu, estava na Espanha. A entrega da chave era coisa muito importante e fora da minha rotina, por isso representava um risco para um homem “desligado”. Para eu não ir para casa sem antes deixar a chave na policia, fiquei com a dita-cuja na mão esquerda o tempo todo. Essa era minha estratégia para um desmiolado não dar vexame!

Cheguei bonitinho ao meu carro, um velho Kia Sephia verde, com a chave da rádio na mão, e logo me dirigi para onde deveria. Quando eu estacionava em frente ao prédio da policia, passou no seu carro um técnico de futebol, Gene Bergerson, meu amigo. Ele parou por um instante e perguntou sobre o meu filho Ian. Fiquei pensando no menino por uns instantes e conversando com o Gene. Enquanto isso eu fechava a porta do meu carro sem perceber que, daquele jeito, eu estava trancando a danadinha. Ainda agi como desligado mais uma vez, trancando em seguida a porta de trás do motorista.

Caminhei até a polícia, e somente quando voltei foi que vi que tinha trancado o carro inteiro, mas a chave continuava na ignição e, o motor, ligado! Minutos mais tarde o policial de plantão me informou que não podia me ajudar. Era contra o regulamento! Então liguei para o serviço AAA, de auxilio a motoristas. Chegariam em 30 minutos, por se tratar de um caso de emergência: “motor ligado!” Senão, levariam 50 minutos para aparecer! Huh! Não fiquei contente, e vi que uma janela estava com dois cm de abertura. Fui para o lote da polícia, sem qualquer permissão dos bacanas. Procurei e achei um tubo metálico de 2 metros e tal, que talvez desse para abrir a tranca da porta do outro lado do carro. Mas que diabo, eu não conseguia finalizar o “arrombamento” do meu próprio carro porque o tubo era pesado e chegava a menos de um centímetro da tranca, sem poder movê-la.

Bem, aí vi uns cinco rapazes alegres caminhando em minha direção. Com toda a humildade contei-lhes meu “causo” de homem avoado e pedi-lhes ajuda. Minha falta de orgulho-próprio foi recompensada. Um deles tinha os dedos mais fortes que os meus e conseguiu levar o tubo mais a frente um pouquinho e abrir a tranca. Lição final: com jeitinho e santo forte, não há cabeça avoada sem proteção. Bem, eu já ia esquecendo. (Estou sempre esquecendo algo!) Cuidado: tem nó que nem pai de santo desata. Por exemplo, é melhor tirar os pijamas antes de ir trabalhar.

41 comentários:

foureaux disse...

a a sua crônica. Esquecimento é pouco né?! Também já tive meus lapsos. Depois qu evim para cá, fui ao Brasil, pela primeira vez, e me esqueci da data e hora do voo de volta. Pode?! Deixei para o dia seguinte. Fiz cara de bobo e fui para "check in"! AO ser informado da impossibilidade diz cara de drama, comecei a suar e a tremer (eu merecia o Oscar, viu!). Com muita calma as funcionárias da TAP me alojaram no voo daquele dia mesmo. Claro está que paguei 300 euros (ô tristeza). Mas pijamas eu sempre troquei antes de sair de casa!
LOL
Abraço

PS: adorei os "rapazes alegres" que ajudaram você!!! LOL!!!

djborim disse...

Prezados Onesimo e Jose Luiz,
Eu tb acho que muitas pessoas nao tem coragem nem de se lembrar das besteiras que fizeram (memoria altamente seletiva) e, muito menos, de conta-las ao distinto publico. Obrigado pelos toques elogiosos. Partindo de voces, eximios cronista e contadores de causos, esses agrados tem peso especial! Essa cronica seria do tamanho de um romance se eu narrasse metade das minhas "pisadas de bola", como dizemos em Minas. Alias, com o incentivo da cronica e da auto-revelacao, muita gente amiga vai se divertir e sentir a vontade para confessar seus lapsos na secao de comentarios. Ja comecou, de fato. Aguarde!
Forte abraco,
Dario

Maria Rita Viana disse...

O pijama era pelo menos apresentável? Ou era daqueles de shortinho de malha fininha?

Chalz disse...

Não pode inventar estas coisas.
you can't make this stuff up...
Na fronteira do real e do irreal, mermão.
The border B-tween real and un-real, man.

Priscila disse...

:)

Cris-Issima disse...
Este comentário foi removido por um administrador do blog.
Geraldo disse...

Caro amigo Dario,
Hoje é mais uma segunda feira para se viver sem a nossa querida filha Yumi. É assim que estamos fazendo, vivendo um dia de cada vez, com a certeza de que se o amanhã
aconteçer não terei vergonha do que eu fiz hoje. Vivo digna e honestamente com a minha querida companheira Sonia. Mas está difíci.
Ler a sua crônica,me deixa alegre por uns instantes e me traz boas lembranças da época de BH. Estamos tentando deixar Angra , mas ainda tem muitas coisas a serem feitas por aqui. Semana que vem devemos ir finalmente a Vitória, visitaremos amigos que moram lá há mais de 10 anos ( inclusive Tatau e Jack que ainda não avisei ). Mas só com a partida da
Yumi estamos fazendo coisas que não tínhamos tempo. O Brasil está sendo prejudicado com chuvas em todos os estados, e no mundo todo
tragédias continuam a aconteçer. Temos que tentar viver bem porque é assim que a YUMI fez e com certeza quer que continuemos a fazer. E é isso amigo, por favor, continue plantando e colhendo a felicidade todos os dias,
intensamente. Exerça todos os seus potenciais enquanto pode. Assim eu faço, e a vida Dela se extende um pouco mais , enquanto vivo carrego lembranças dela. Um forte abraço a todos, Com saudades.
Geraldo

Wania disse...

OI DARINHO!!!
ADOREI SUA CRÔNICA E ME IDENTIFIQUEI PROFUNDAMENTE COM ELA
ACHEI QUE EU FOSSE DESLIGADA, MAS VC GANHOU LONGE , HAHAHAHAHAH
TIVE DUAS QUE MARCARAM MINHA VIDA
- FUI DAR AULA COM UMA BOTA DE CADA TIPO E DE CORES COMPLETAMENTE DIFERENTES, OS ALUNOS ZUARAM ATÉ!!!
- TOMEI ÔNIBUS SENTIDO CONTRÁRIO, FUI PARA LIMEIRA AO INVÉS DE LEME,E O PIOR, ESTAVA SEM DINHEIRO PARA VOLTAR O MOTORISTA TEVE QUE PARAR NO POSTO RODOVIÁRIO E PEDIR AO GUARDA QUE ME COLOCASSE NO ÔNIBUS DE VOLTA ME SENTI A PRÓPRIA INDIGENTE!!! RSRSRSRSRSR MAS A SUA GANHOU, IR TRABALHAR DE PIJAMAS , É DEMAISSSSSSSSSSSSSSS
BEIJÃOOOOOOOOOOOOO
WANIA

djborim disse...

Oh Maria Rita--
Gostei da tua perguntinha sobre meu pijama rsrsrsrsrsrs.
Era coisa simples, velha, mas, quem sabe, sexy mesmo assim!
Nao passava de short e camiseta de malha, acompanhados de belas e descoradas havaianas. O gerrrrrrrarrrda!
Bjs,
Dario

Frederico disse...

Rrsrsrsrsrsr
Bom lembrar os velhos tempos.
Tenho muitas lembras boas dos tempos de BH.
Quem é DB? Conheço?
Um forte abraço !

G disse...

Essa do pijama ganha do avoamento do Dave! Mas a sua irma nao: quando foi passar o Natal com a familia, o Dave esqueceu a mala no carro do sobrinho que foi leva-lo à casa de um amigo que ia depois leva-lo ao aeroporto--e só se deu conta quando chegou no aeroporto, claro. Por sorte deu tempo de fazer todo o percurso reverso e pegar a mala com o sobrinho...
G

Carla disse...

Muito divertida, adorei!! Aqui em Berlin estamos fazendo muitas atrapalhadas... Num país estranho... é "prato cheio"!! As chaves são nossas especialidades. Assim que chegamos, fechamos a porta do lado de fora com a outra chave na fechadura do lado de dentro. Conclusão: tivemos que pagar 75 euros pro cara abrir em 5 segundos!! Outro dia, o Leandro foi trapalhar e levou a minha chave e a dele!! Eu e o cara que contratamos para instalar o armário ficamos presos em casa. E o Leandro, perdeu 3 horas de trabalho nessa "brincadeira"!! Ai.. ai... tem que ter bom humor!!
Beijos, Cacá.

JCB disse...

Perfeito, mano. Isto sim que é talento para contar causos. Parabéns!

Frank disse...

Boa e cómica estória, Dário. De pijama? Você parece quase tão avoado(expressão que desconhecia) quanto eu.

Binha disse...

Darinho,
de avoado todo muito tem um pouco, mas meu caro, mas um professor ir dar aula de pijama é "muito mico".
Delicia de história.
Bjs
Binha

djborim disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Onesimo disse...

Meu caro:
Essas distracções não lhe têm aconteido apenas a si, mas pouca gente é capaz de as contar de maneira tão divertida.
Abraço.
onésimo

Dario disse...

Prezado Onesimo,
Eu tb acho que muitas pessoas nao tem coragem nem de se lembrar das besteiras que fizeram (memoria altamente seletiva) e, muito menos, de conta-las ao distinto publico. Obrigado pelo toque elogioso. Partindo de voce, um eximio cronista e contador de causos, esse agrado tem peso especial! Essa cronica seria do tamanho de um romance se eu narrasse metade das minhas "pisadas de bola", como dizemos em Minas. Alias, com o incentivo da cronica e da auto-revelacao, muita gente amiga vai se divertir e sentir a vontade para confessar seus lapsos na secao de comentarios. Ja comecou, de fato. Aguarde!
Forte abraco,
Dario

Cris disse...

Ficou hilária! Ri até! Bem, quem te conhece não há de se surpreender,mas que vou querer ler TODOS os comentários de um diretor de dep. que foi dar aulas de pijamas, ah isso não vou perder por nada!!!!!!!!!! E vc me disse que era lenda do Batista,né?!!! Sem vergonha! Rsrsrsrsrs. Amei a crônica e, como o Tatau, adoro seus causos, mas amo também as sérias... do que vc escreve, eu prefiro... TUDO !!!!!!!

Cecilia disse...

Querido professor,

Adorei esses avoados Borins! E como assim, nao vai sem resposta. Para alem de me identificar com esses " avoancos", tenho uma familia apelidada de "aluados". Considerados os palhacos da pequena aldeia de Vide uma terra ( Filha da videira e neta da borracheira) diz o povo, amontoamos sem conta, as peripecias "aluadas" da familia dos Amarais ou seja os Russos. Porque Russos? por sermos quatro irmaos louros e de olhos azuis.

Eu a unica mulher entre os quatro homens da casa, ja nao me consideram loura, como e obvio, mudei de cor de cabelo. Mas no entanto nao deixo de ser tao aluada quantos eles. O mano mais velho, o ze Antonio que saltava a janela do seu quarto para roubar o carro da garagem ao meu pai para ir as "gajas" como ele dizia, um dia ao saltar a janela esqueceu-se que estava em cuecas(brancas) e quando ja tinha o carro no largo do fontenario chamado Carvalho, reparou que nao podia ir as "gajas" em cuecas, ora bem!!!Ao tentar subir pela janela partiu uma videira e com o barulho meu pai acordou e fe-lo correr a volta da fonte em cuecas!!! Eu a meninna dos olhos dos tres manos, que eu apelidava de To, Tino e Mico, aprendia e escutava as conversas de homem atras da porta. Sabia das namoradas deles e das programadas saidas. Para saber ao pormenor o que as namoradas escreviam (que eram aos pares) abria os envelopes ao vapor de uma panela com agua a ferver,(espectacular).Brigavam umas com as outras porque eu depois de abrir as cartas, so passado umas semanas as colocava na caixa do correio novamente. (Dava sempre barulho para o lado dos manos) Um dia troquei as cartas da namorada do To com a namorada do Tino a do Tino com a do Mico que deu uma barraca!! Todos pensaram que estavam a ser traidos...foi o maximo....so nao foi o maximo quando eles desconfiaram de mim. Fiquei um dia na despensa a cheirar chouricos, sentada na lata de feijao.

Concluo com a menina aluada. Em minha casa temos telefone sem fios!!! chique, de repente o telefone desaparece por uma semana. Todos se culpam uns aoos outros. Nao sei, nao fui eu, foste tu o ultimo a falar , etc...etc...Pois sei que necessitei de ovos e ao tocar nos ovos algo apitou, imaginem que um dia, eu, enquanto falava ao telefone abri a porta do frigorifico e nao sei como, coloquei la o telefone em cima dos ovos. O telefone esteve mais de uma semana atras dos ovos na porta do frigorifico... e o que se chama de mensagens "frescas". Fico por aqui senao vou tirar o protagonismo ao professor. Tenho imensas historias verdadeirs de meus irmaos mesmo do tempo da PIDE. Situacoes ilariantes.
um grande abraco meu chapa e ate mais,
Cecilia

Thiago disse...

Great!
What a wonderful story and a good-looking family.
I am in Rio, returning to NY tonight.
Feel Good.
Thiago

FS disse...

Caro Dario,
E' sempre um prazer ler a tuas cronicas. E como se eu estivesse a ouvir voce contar uma historia e uma piada.
F.

Irene disse...

Obrigada, Dário. Eu li e gostei muito. Esses Borins são mesmo avoados!
Achei muito curiosa a pergunta de uma sua amiga sobre o pijama no
facebook. Fez sentido!
Obrigada,
I

Michelle disse...

Adorei! ainda
estava de pijamas..... haha! :)

Di disse...

Quem será?
Ainda bem que não fui eu, porque EU fui à Lavras, de carro, e esqueci a mala em BH.
Ela , a mala, chegou de onibus. Normal. É só uma questão de logística, como diz o mano Joseph.
Beijos

rose marinho prado disse...

Esqueça a Clarice um tempo. Gostei do movimento desta crônica. E do humor. Ela prende o leitor, Dario. Essa CENA de você abrindo o carro junto com os cidadãos americanos é engraçada. Daria um roteiro de filme.

...Em tempo> faço parte desses desligados, sofro muito. O caso mais recente foi pingar acetona no olho pensando ser água boricada, distração. Meu caso é bem pior.

Cristina Borim C. Dias disse...

Ei Darinho!! Tudo bem?!
Hihiii, mas temos casos demais para contar...! Tem aquela do vovô que foi consultar em Alfenas e a consulta era em Varginha, tem a minha que estava aguardando num consultório de acupuntura quando queria mesmo ir ao consultório de gastroenterologia!!!! Tem histórias demais para contar! Dava para escrever um livro! Essa sua do carro eu não conhecia...
Ainda tem a da vovó que chamou a polícia para um barulho alto de som no seu quarto que na verdade vinha do som rádio relógio!!! Essa para mim é uma das melhores... Do Afonso que teve que ir a casa do vovô desligar o microondas que programaram para 4 horas e ninguém sabia como desligar...!
E Borinzada danada!!

Nina disse...

Ei brother, querido irmão estas pérolas da avoação são mesmo engraçadas! Você fez muito bem em escrevê-las. A gente não pode esquecer, ir um pouco, vê que isto não acontece só com a gente e quebra o lado tão sério da vida. Gosto do seu senso de humor!!!!!!! Bjo grande. Nina

Flavia disse...

Tio Darinho!!!
Tudo jóia com vc??
Sua crônica fez um maior sucesso aqui em casa...to mundo morreu de ri das manotas clássicas dos Borim!! Você é muito talentoso!!

Lira disse...

Bacana demais Darinho, adoro sempre suas crônicas!!!
Saudades, como estão as coisas por aí? Alguma novidade?
Por aqui tá tudo jóia, só ralando e cuidando do filhão.
Bjs pra vc e todos daí
Lira

Flavia disse...

Hahaha!
Adorei a nova versão!!! Se fosse contar todos os casos que esses Borim aprontam dava para escrever um livro! Diversão garantida!!
Saudades tio Darinho!
Beijão

Issima disse...

Li a nova versão "pós-moderna" da crônica. Ficou ainda mais engraçada! Me lembrei de vários outros "voamentos" seus como levar o Sam 2X ao veterinário antes da consulta e ir para à formatura uma semana antes, de beca completa!

Ai, ai, ai, Borim -- pelo menos a gente vê que tá no sangue pq até papai e mamãe apareceram nos comentários! Te falei que ia bombar, não disse? rsrsrsrsrsrs Acho que todos nós fazemos coisas que por falta de atenção saem errado, mas vcs levam o troféu! Faltou um caso do Tatau, não? rsrsrsrsrs(maldade minha).

Cris disse...

Achei ótimo!!! Engraçadíssimo!!!
Bjos.

Samy disse...

SENSACIONAL!!! Ri demais!

Se' disse...

Olá Darinho! Assustei você com a minha espontaneidade, né? Eu sou assim mesmo...falo o que sinto com muita sinceridade e, algumas vezes sou mal interpretada...Mas, pela própria vida, continuo correndo este risco. Vale a pena.
Como prometi, quanto a sua crônica, ela é sensacinal!! Quantos "causos"interessantes e hilários, acontecem com esta querida família e como você, através das palavras mais acertadas, conseguiu transmitir cada um deles! Parabéns!
Gostei demais de receber, em "primeira ou segunda mão", à sua criatividade, em brincar com os seus familiares e com você mesmo! "Tá aí" um rapaz simples e verdairo!
Voce atingiu o seu objetivo! Ri um bocado! Paraguaçu inteirinha, vai adorar. Pode ter certeza!
Só mais uma coisinha: que fofura a sua foto junto aos seus amigos! Um abração para você e a sua "turminha"!

Fernanda disse...

Oi Dário,
ADOREI!! Nossa! Senti como se estivesse andando nas ruas de BH. Colégio Arnaldo, Av Brasil, Alvares Cabral... foi o mesmo saudosismo "mineirês" que senti quando li o poema Drummondiano, "O Vôo sobre as igrejas," depois de ter saído de Minas.
Um grande abraço,
Fernanda

Fernanda disse...

Oi Dário,
Adorei!! Nossa! Além de engraçado, foi como se estivesse caminhando nas ruas de BH: Colégio Arnaldo, Avenida Brasil, Álvares Cabral... Foi o mesmo saudosismo "mineirês" que senti quando li o poema Drummondiano, "O vôo sobre as igrejas," depois de ter saído de Minas.
Um grande abraço,
Fernanda

MPV disse...

não foi nenhuma surpresa...digo...já conhecia esse seu lado "cabeça de vento", rsrsrs...mas gostei sim e li todos os comments...de pijama????? fala sério...será que acredito ou é somente um tipo de "licença poética" p/ ilustrar a "avoação" dos Borins??? De qq forma foi legal...

RyRyRy disse...

"kkkkk. Fico imaginando a cena do arrombamento... Eu tenho umas técnicas ainda maneiras de quando tinha meu Mazda 1991. Duas portas não abriam por fora, outras nem por fora nem por dentro. Ainda bem que o carro tinha 4 portas! Nem lembro quantas vezes o Lucas teve que entrar pelo porta-malas, enfiar seu bracinho de menino de oito anos, empurrar o auto-falante, passar a mão por dentro do buraco para atingir, enfim, o pino e levantá-lo, salvando-nos do perigo, ou melhor, livrando-nos do constrangimento. Acho que ainda me lembro como fazer várias coisinhas... A gente pode trocar experiências da próxima vez!"
"Ah! Agora já sei quem foi o criador da festa do pijama!"
"Epa! Peraí! Ta aí o segredo da sua energia: você se recarrega sugando as energias do motor do seu carro!"
"KKK. Fui lendo e dialogando com você! Não tinha visto que vc estava online!! Ops! Agora fiquei com vergonha!!!"

Olivia disse...

Dario querido, tudo bem? Espero que sim.
Hj feriadão no Brasil e aqui em Brasília a cidade completa 50 anos. Tudo bem que mergulhada em escândalos políticos, mas a festa está armada pra quem gosta. Eu prefiro ficar de fora do tumulto.. rs

Só hj li sua crônica.. me desculpe.
Mas enfim, adorei! A história do pijama nem dá pra acreditar! Morri de rir dos causos!

Beijos e fique bem.

Jara disse...

Oi Dario!
Rimos demais neste fds. Espero que possamos nos encontrar na APSA para cantar e beber uns copinhos!!! LOL... Li a sua cronica e ri muitissimo tb... vou colocar no meu google reader para ler mais! Eu tb tenho uns blogs... mas sao em espanhol... entao por aqui vao..
http://seraqui.blogspot.com
http://paraaportaralavagancia.blogspot.com
Abracos

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